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Foto do escritorR. M. Ferreira

Amor a Três


Toda forma de amor vale a pena. E muito! Chega na prosa. Bora falar de amor, amores?

Junho é o mês do Orgulho LGBTQIA+. É claro que por aqui, temos Orgulho todos os meses e todos os dias, porque todos os dias faço questão de lembrar que toda forma de amor vale a pena. E muito!

Obviamente, quem acompanha meu trabalho, sabe que escrevo sobretudo para um público feminino cisgênero, enfocando a erótica heterossexual. Isso não significa que na minha literatura não exista nenhum tipo de relacionamento que fuja ao padrão heteronormativo. Deus me livre, Mores. Se tem uma coisa que eu detesto é pensar a sexualidade como caixinhas etiquetadas. Sou partidária de que o amor é campo livre e a nossa sexualidade merece ser expressa com igual liberdade.


Dentro deste vasto campo de possibilidades, gosto particularmente dos amores que envolvem três pessoas. E não me refiro a uma mera experiência de ménage à trois e menos ainda àquela que faz a fantasia de milhões de machos alpha espalhados pelo globo. Gosto de amores que reconectam dois homens e uma mulher. Mais especificamente: homens bissexuais e uma mulher hétero. Uau. Adoro. Quer um segredo de polichinelo? Essa é uma fantasia feminina das mais recorrentes. Motivo? Bom, não vai ser eu a deslindar aqui no espaço restrito deste Blog as razões psicossociológicas que desencadeiam a fantasia. Se fizesse isso, lá estaria categorizando o sexo e o amor. E não se trata disso.


O tema do amor à três apareceu nos meus escritos em um conto, escrito por “encomenda”


O tema apareceu nos meus escritos em um conto, escrito por “encomenda” por um grande amigo que me cobrou nos meus trabalhos, a ausência de relacionamentos que escapassem ao padrão heteronormativo. E foi assim, como resposta a um desafio, que nasceu o conto “O Três”. Escrito em primeira pessoa, foi publicado originalmente no antigo Blog Calcinha Molhada e, depois, no formato impresso numa coleção de livrinhos de bolso. Hoje, integra a coletânea Quatro Contos Eróticos, disponível em ebook e impresso.


A história narra o envolvimento da professora Anaiz e seus novos vizinhos, Henri e Fernando. Encantada com a beleza dos moços que se mudaram para a casa ao lado da sua, Anaiz se deixa levar pelos jogos de sedução e olhares dos rapazes, até perceber o óbvio: os dois são um casal. Dá pra imaginar o estado de ira da pessoa, né? Ela acredita, aliás erroneamente, que os vizinhos estavam brincando com ela e dali se decide a traçar diferentes rotas de fuga para não “trombar” com os dois no cotidiano. Tolinha. Os encontros são inevitáveis. Os moços realmente jogam o maior charme pra ela e fazem questão de se exibirem em todas as oportunidades em que se encontram. As coisas começam a mudar de figura quando Anaiz descobre, embasbacada, que os seus vizinhos lindos gostam de receber moças em casa. Isso mesmo, amore. Você leu direito. Os homens lindos que se beijam, se agarram e transam de janela aberta, também gostam da fruta. Pensa a cara da Anaiz? Melhor. Nem pense. Leia:


Assombro. Quando entendi o significado dos gemidos entrecortados, das expressões abafadas, dos gritinhos intermitentes, me quedei assombrada. Eles estavam transando! Os três!

Parecia incrível. A última coisa possível de se suceder ali do lado, naquela casa, naquele quarto! Mas era exatamente isso o que estava acontecendo! Ao som do Bon Jovi, meus vizinhos gays estavam comendo a garota da moto!

Eu me levantei, pasmada. Caminhei a passos inseguros até a janela. Afastei a cortina para o lado, bem devagar. A janela deles estava escancarada, aliás, como sempre. Mas haviam puxado as cortinas. Mesmo assim, os sons que escapavam eram reveladores do que a cortina insistia em ocultar:

“Lambe meu grelo...” − a garota suspirava, lânguida, entregue. − Ai... eu não aguento mais gozar... Ah! Ah! Ah!

“Buceta gostosa...”

“Empina a bunda, meu bem, assim.... isso...”

“Chupa o pau dele, quero ver....”

“Ah, eu vou gozar de novo...! Ah! De novo...!”

Levei as mãos à boca, embasbacada. Mas eles não eram...? Afinal de contas, eles não eram gays?! E aqueles gemidos que eu também ouvia, vindos do quarto deles, ali, em frente ao meu?! Eram o quê?! Filme?!

A presença da moça no quarto e o “estado de arte” no qual os três se encontravam, eram adequados para eu me sentir esperançosa. Se não isso, pelo menos para me livrar da birra inconveniente que eu nutria pelos dois. Afinal, havia uma chance, e bem concreta, de não terem brincado comigo quando se mudaram! Ao que tudo indicava, existira realmente um flerte entre nós três...

Mas me recusei a esperança. Eu me senti injuriada! Enfurecida, puta da vida, capaz de assassiná-los se aparecessem na minha frente! O ciúme, enfim, havia lançado a sua flecha preta... Peguei meu travesseiro e fui dormir na sala.


O ciúme já havia feito seu estrago

O ciúme, aquela flecha horrenda que nos atravessa o coração quando nosso objeto de desejo nos despreza, enfim, já havia feito seu estrago no peito de Anaiz. E a coisa fica ainda mais aterradora, quando finalmente, ela entende que os meninos nunca fizeram troça da cara dela. Pelo contrário. O flerte era real. O problema é que eles não abriam mão de si mesmos nem do próprio relacionamento erótico afetivo entre eles. Se Anaiz os quisesse, teria que aceitar o pacote completo. Isso fica bem claro quando ela os flagra, deitados lindos e de banho tomado, numa rede, no quintal. (Please, dê um desconto para os palavrões faniquentos da Anaiz e não ria do pé de goiaba. Escrevi isso beeeeeeeeem antes da distopia na nossa realidade).


Quando saí do banho, puxei as cortinas, para deixar o sol entrar. E lá estavam, os dois deitados calmamente numa rede, embaixo de um pé de goiaba, ao lado de uma churrasqueira. O moreno estava deitado entre as pernas do loiro, a cabeça repousada em seu peito, ambos imersos na leitura de um livro.

Desnecessário dizer que eles estavam lindos... Sem camisa, só de bermuda, barbas feitas... Aquela coisinha loira, linda, de óculos... Aquela loucura morena, de pele dourada e boca rósea, os dois de cabelos molhados, penteados para trás...

O moreno me viu. Parecia ter o dom de perceber meus olhos. Mas não fez alarde. Simplesmente comentou com o companheiro. Sem tirar os olhos do livro, o loiro assentiu. Tive certeza de que respondeu: já vi. E, calmamente, docemente, como a querer que eu registrasse cada um dos segundos, foi baixando o livro, a cabeça... E encontrou a boca na boca do seu amigo.

Foi a primeira vez que eu os vi se beijando, de fato. Um beijo doce, longo, de línguas entrelaçadas, uma lambendo a outra. Quando terminaram, os dois me fitaram, me encarando, me convidando.

Nunca pensei que pudesse me excitar vendo dois homens se pegando. E muito menos olhando pra mim com aqueles olhos de cachorro vadio, daqueles que caem do caminhão de mudança e ficam olhando pra gente com cara de fome. Mas eu me excitei. Se eu fosse feita apenas de desejo, teria voado janela afora e aterrissado no meio dos dois.

No entanto, eu não era só desejo. Eu também era ciúme. E muito! Embora não entendesse, estava com ódio da piranha! Fechei ostensivamente as cortinas na cara deles e fui cuidar da minha vida.


Pobre Anaiz. O ciúme é um negócio torturante, capaz de nos levar às decisões mais desastradas. E, no caso, dela, coitada, só serviu para alimentar uma frustração que cresceu como um monstro do pântano. O convite já estava dado e no meu entendimento, mais do que explícito. Mas, o ciúme passou a fazer par com a dúvida e puxou o medo para dançar. Ainda que a nossa personagem seja isso mesmo, uma personagem, seus dramas e conexões com a realidade são verossímeis. É óbvio que ela teria dúvidas e medos, sobretudo quando a proposta, enfim, foi feita da forma mais explícita possível.


O sorriso se desmanchava na boca qual um creme brullé

Posicionei-me no final da fila. Imediatamente duas adolescentes ficaram atrás de mim, aparentemente conversando entre elas e com o resto do planeta em mensagens de whatsApp. Por sorte, eu havia levado um livro. Cravei os olhos no texto e me desliguei do mundo... Até eu me sobressaltar: dedos macios, muito leves, acariciavam a curva da minha espinha, exposta pelo vão da bata...

Vire-me de uma vez. As meninas não estavam mais lá. Em seu lugar, erguia-se um Deus nórdico de quase um metro e noventa, cabelos loiros, olhos verdes, barba feita e sorriso que se desmanchava na boca, qual um creme brullé...

− ... Anaiz. − A voz encorpada murmurou meu nome. Os olhos passearam pela minha boca. Os dedos voltaram a acariciar o alto da minha bunda. Desta vez, achei mesmo que iria ter um infarto!

Fechei os olhos... curvei levemente os joelhos... completamente capturada pelo toque, numa suspensão indiscutível dos sentidos!

− Gostoso? – disse bem baixinho. Na verdade, sussurrou, de um jeito que só eu podia ouvir. Com três dedos, três maravilhosos dedos, roçando a curva da minha espinha, Fernando estava me deixando lassa, sem a menor capacidade de raciocínio!

− Seu nome é lindo...− ele voltou a sussurrar. Passei a língua na boca. Consegui processar que ele sabia meu nome! Mas como...? Abri os olhos. Meneei a cabeça, tentando me livrar do transe e externar minha dúvida. Mas nem precisou esforço. Ele leu a pergunta nos meus olhos e respondeu:

− O carteiro deixa suas cartas por engano. – ele fixou os olhos verdes nos meus. E prosseguiu: − Henri e eu pegamos... e enfiamos tudo dentro na sua caixa!

Minhas pernas amoleceram. Meus seios intumesceram. Atento a cada uma das minhas reações, Fernando chegou ao cúmulo de emitir um gemido de satisfação. Ele sabia, e muito bem, o que estava fazendo.

Um movimento leve, um passinho à toa, e foi suficiente para eu entrar na zona de calor que se formava em torno. Com os olhos irremediavelmente perdidos nos dele, murmurei:

− Vocês dois... juntos?

Por metáfora, falávamos exatamente da mesma coisa: da possibilidade de transarmos, os três!

A ideia era excitante. Lógico! Mas a minha excitação não era nem a sombra da excitação dele! Bastou que eu reconhecesse o sentido da conversa, para Fernando romper de vez a distância que ainda nos separava. Enfiou a outra mão no cós da minha calça. Me puxou ao encontro dele. Colou o corpo no meu. E um volume agressivo de pica encostou-se no meu ventre.

Fernando baixou a cabeça na direção do meu pescoço e pregando a boca no meu ouvido, respondeu com urgência:

− Sim. Sim! Nós dois, juntos, sempre!

Arrepiei da cabeça aos pés. Minhas pernas começaram a tremer. Precisei me segurar nos braços dele, para ainda parlamentar, também aos sussurros:

− Mas a caixa é estreita...

Fernando redarguiu, roçando a língua no meu ouvido:

− Mas colocamos um de cada vez. Ao mesmo tempo... só se você deixar...

O latejar da minha vagina ameaçava me retirar de órbita. Minha calcinha estava arruinada... completamente encharcada! Fernando me enlouquecia com aqueles sussurros em meu ouvido... com aqueles dedos roçando, ininterruptos, a minha espinha... Golpe de misericórdia, ele mordeu minha orelha e sussurrou mais uma vez:

− Seus seios estão duros...

− Seu pau também...! – respondi um fio de voz, à beira de desfalecer.

A boca de Fernando escorregou do meu ouvido para meu rosto... E dali se encontrou com a minha própria boca. Uma língua doce, macia, trabalhou na minha com a delicadeza de um artista. Fernando não apenas “beijava”. Ele me transportava para outra dimensão, para outro mundo, me descolando da minha própria realidade. Na instância paralela na qual eu me encontrava, havia apenas nós dois. Imersa nela, excitada, encantada, eu sairia daquela lotérica sem pestanejar e me deitaria com Fernando sem o menor constrangimento. Sem um mínimo de pudicícia.

Ele interrompeu o beijo. Mas ficou ali, com a boca pregada na minha, para me fazer a pergunta que não queria se calar:

− Você nos aceita?


Aff. Já te adianto que a moçoila não aceitou. Ficou presa nas cordas, enrolada nas dúvidas e em seus temores. E daí a coisa pega fogo porque os dois só existiam assim mesmo, em dois. Logo, acertou a aposta quem colocou o tento na opção Henri. É claro que o moreno não iria deixar barato e foi, sim, cobrar a sua parte do brinquedo, lá na porta da Anaiz. Onde já se viu?! Brincar com um e não brincar com o outro? Botar ordem nessa orgia, moça!

Se é pra brincar, só pode brincar com os dois...

Quando ouvi o barulho da caminhonete estacionando e logo depois as portas batendo, senti um frio no estômago. Parecia que a cidade inteira estava em silêncio. Da minha sala, pude ouvir nitidamente os passos dos dois caminhando na direção da minha casa. Consegui, inclusive, delinear os passos de Henri! Ele que não “andava, ondulava...”, que tinha passos tão leves que era capaz de me surpreender, caminhava com passadas firmes e resolutas. Pelo som das suas botas maltratando o calçamento, eu senti que Henri estava com os nervos à flor da pele.

Não me enganei.

Henri não tocou a campainha. Bateu com aquela mão enorme na porta da frente e chamou meu nome:

− Anaiz! Anaiz!

Eu sabia o que iria acontecer. E iria acontecer ali mesmo, na varanda da minha casa. Não adiantaria nada eu fingir que não estava, ou que eu me escondesse embaixo da cama. Hora menos hora, dia menos dia, Henri me encontraria e me cobraria a sua parte do brinquedo.

Abri a porta com a resignação de um condenado. Henri me encarava com aqueles olhos castanhos como caramelos, brilhando como dois braseiros. Porém, mais do que os olhos, o que me arriou as pernas, o corpo, o juízo, foi aquele cheiro. Meu Deus! Aquela criatura cheirava de um jeito que eu nunca havia sentido na vida! Ele cheirava a mato, a terra, a cio! Vindo do trabalho, empoeirado e suado, Henri tinha o cheiro primal do sexo!

Eu suspirei. Não disse nada. Ele muito menos. Sem nenhum introito, sem nenhuma das preliminares que antecederam meu beijo com Fernando, Henri me “catou”. Enfiou a mão em meus cabelos e me pregou um beijo devastador, capaz de provocar, no mínimo, dois terremotos e um tsunami!

Embora intenso, não era um beijo duro. Daqueles que mais incomodam do que satisfazem. Aliás, quem dera! Aquele homem não “beijava” ...! Ele me sugava, lambia minha língua, se esfregava em mim, descia as mãos pela minha bunda, me prensava nele, me confundia com ele! Era tão profundo, era tão exigente, que não deixava espaço para nenhum pensamento, nenhuma ponderação, nenhum rescaldo moral, nada...! Eu simplesmente não era mais eu...! Eu havia me tornado parte de Henri...!

As mãos abriram minha camisa. Brutalmente. Todos os botões voaram longe. Ele também não se deu ao trabalho de tirar meu sutiã. Arrebentou com tudo. Deixou renda por tudo quanto é lado e liberou meus seios. Tão logo ficaram expostos ao tempo e à vontade, Henri desceu a boca no mamilo esquerdo. Mamou no meu peito como fez com a minha boca. Depois no outro. E depois no outro.

Eu gemia. Seminua, encostada na porta da minha casa, atarantada, desconectada, perdida, eu simplesmente deixava que aquele homem dos Deuses se servisse de mim!

Entreabri os olhos. Fernando estava escorado na viga da varanda, acompanhando atentamente o amasso. Eu me senti numa teia. Estava presa entre mãos, boca e olhos. A despeito de ser flagrada num evidente atento ao pudor, eu estava me entregando às taras dos dois. Apesar das minhas ressalvas, dos meus medos e das minhas incertezas, naquele momento eu estava praticamente transando com os dois!

Henri voltou a me beijar. Intrometeu a língua quente na minha boca, me recapturando na simbiose com ele. Prensou-me na porta. Encostou-se inteiro em mim. E me fez sentir a pica dura, roçando-a contra o meu ventre. Se erguesse minha perna... Se simplesmente afastasse minha calcinha... Poderia ter me comido ali mesmo, na varanda da minha casa. E teria feito exatamente isso, se ele não fosse, também, um outro.

Os olhos amarelados de Henri fitaram os meus.

− Nos aceite, Anaiz. Por favor!

Havia tanta paixão naquilo, que eu quase me compadeci. Ele estava completamente transtornado e, sim, à beira das lágrimas. Os dois me desejavam. E era o que me diziam desde o primeiro dia, desde o primeiro flerte. Jamais me disputariam. Ou eu ficava com os dois ou com nenhum.

Mais uma vez, não respondi. Mal e mal me recompus e fiquei estática. Braços cruzados, olhos baixos, cravados em suas botas. Henri arquejava na minha frente, esperando... esperando... uma resposta que não veio. Quando finalmente aceitou que não haveria resposta, me deu as costas e saiu chutado da varanda. Passou “ventando” por Fernando e foi caminhando em direção à própria casa.

Fernando se descolou da viga. Não me disse nada. Com a expressão séria me estendeu o livro que eu havia deixado com ele, na lotérica. Depois que apanhei o volume, ele também me virou as costas. E foi atrás de Henri.


Eu sei amore, ficamos entre o suador e a dor no peito. Esse é um dos meus contos favoritos. Não é por acaso que ele é a inspiração para o relacionamento bem pouco convencional que estou escrevendo para seu deleite e prazer, no meu novo romance, O CONTRATO. A partir da próxima semana, vou contar vários detalhes e dividir trechos com você. Aguarde, confie, volte sempre, curta as matérias, comente e compartilhe com as amigues.


E não se reprima. Saiba como termina o conto O Três, acessando o ebook na Amazon ou adquirindo o impresso por aqui mesmo. Como eu disse no começo deste post, o amor é um vasto campo de possibilidades e por isso mesmo toda forma de amor vale a pena. E muito! Neste mês de junho, todos os meses e todos os dias das nossas vidas...!



 

Curtiu? Então marque o coraçãozinho, deixe seu comentário e lembre-se de compartilhar nas suas redes sociais e recomendar para as amigues! A escritora agradece demais da conta.


Beijooooooooos da Rosa,

E até a próxima prosa!

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