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O amor no papel: por que ler romances físicos é tão especial?

Foto do escritor: R. M. FerreiraR. M. Ferreira

Como diria Pepe Le Gambá, Ah, l'amour!

Valentine’s Day já passou. Mas ainda que nas terras brasilis em nada se compare com o nosso “Dia dos Namorados”, fato é que o amor está no ar.


Pensando bem, Amora, o amor está sempre no ar. Afinal, não tem data nem hora específica pra acontecer. Qualquer hora é hora pra gente ter certeza que “agora vai”. E daí pra pagar de boba alegre, rindo pro vento, pouco custa né? Fala sério. Amar é uma delícia. E naquele estágio inicial, quando a paixão pega a gente de jeito, o mico é no débito, no crédito, no boleto e no pix, sem medo de ser feliz!


Que atire a primeira pedra, quem nunca “flutuou” numa nuvem cor de rosa, suspirou ou riu sozinha no metrô, só de pensar no mozão. Também pode ter sido no ônibus, na fila da padaria, no volante do carro, qualquer lugar. Se tem uma coisa que mulher apaixonada não se importa é de ser brega. Ou vai me dizer que quando a coisa azedou, ciúme pegou ou o chute chegou, você não enfiou a cara no travesseiro e chorou toda a chuva desregulada do mundo? Sem falar na trilha sonora sertanejo tecnopop, prá la de duvidosa, tocando sem pausa no Spotify. Não vale mentir, Amora. Se tem uma coisa que sabemos umas das outras, é o que fizemos no verão passado...


Mas segura o B.O., porque a prosa de hoje é sobre outro tipo de amor. Um tipo que a gente pode até pagar mico, mas que nunca nos desaponta. Um amor que não é só do coração, mas também das mãos, dos olhos e até mesmo do nariz – e, não; eu não estou falando do cheiroso que faz seu coração dar cambalhotas no peito. E nem do estrupício que só aquela sua prima doida acha a coisa mais cheirosa do mundo moderno.


Estou falando do perfume divino que tem... um livro novo!


Cola aí, mores. A prosa com a Rosa, de hoje, vai surfar no amor inegociável que sentimos pelo romance impresso. Aquele livro querido, que a gente segura, abraça e leva pra todo canto como um amuleto da felicidade. A onde vivem os amores dos nossos sonhos e que, oxalá, nem de longe se parecem ou têm o nome do namorado da sua prima!


Um livro físico é um objeto de desejo que a gente pode tocar, sentir e até sublinhar – porque, sim, o amor também se expressa com rabiscos apaixonados.

Longe de mim negar que explodimos nosso Kindle a cada nova promoção da Amazon. E também não vou fingir que não seguimos as divas do romance hot, com a mesma determinação com que as Armys seguem o BTS. Jamais. E que Gezuscristinho me livre da heresia. Mas você já parou pra pensar que, em plena era digital, onde tudo cabe num clique ou num swipe[1], nós continuamos a nos derreter por um livro impresso?


Vale uma pausa filosófica, não acha?


Do meu ponto de vista, livros digitais e livros impressos não são excludentes. E isso não é uma realidade só da gringa, como querem alguns. No Brasil dá-se da mesma forma, como nos provam, todos os anos, eventos super mega disputados como a Festa Literária de Parati, a Flip; ou as Bienais de São Paulo e Rio de Janeiro.


Fato. Nós amamos o livro físico. E só não amamos mais do que a nós mesmas porque não dá pra dormir na estante lotada que já está pedindo arrego, de novo, implorando por uma irmãzinha nova. Razões para um amor que até Deus duvida, são muitas. E nesse mundão sem porteira, tem uma pancada de gente até mais inteligente do que eu, que já listou bons motivos para tanto. Euzinha vou contribuir com as explicações. Segue o fio, Amora!


1. O toque que conquista 

Um livro físico é como um primeiro encontro na realidade concreta. Você sente a textura da capa, folheia as páginas com cuidado, ou com ansiedade, dependendo do capítulo; e cria uma conexão que vai além das palavras. É tátil, é concreto, é palpável. Quem nunca abraçou um livro depois de uma cena especialmente emocionante, que atire outra pedra. Ou a primeira edição de bolso, vá saber.


2. O cheiro que seduz 

Parece loucura, mas o cheiro de um livro novo é uma espécie de afrodisíaco literário. É o tipo de aroma que acena para um sem fim de outros mundos, outras vidas, outros amores. Algo como um vale transporte para outra dimensão. Lembra do teletransporte do Star Trek? Algo do tipo. Abriu o livro, partiu.


3. A estante que conta nossa história 

Uma estante cheia de livros é como um diário da nossa vida amorosa (literária, claro). Cada romance é uma fase, uma paixão, um momento. E quando a gente olha para aquela prateleira, vê ali não só histórias fictícias, mas também as nossas próprias memórias. Onde estávamos, o que sentíamos, quem éramos quando lemos cada um daqueles livros. Cada romance físico é uma pequena cápsula do tempo, um jeito igualmente prazeroso de se revisitar. É tipo o teletransporte do cheiro, mas que nos leva para a nossa própria história. Muito doido, né?


4. A pausa que nos conecta 

Ler um livro físico é um ato de pausa, de desconexão do mundo digital. É aquele momento em que a gente desliga as notificações, esquece o feed interminável das redes sociais e mergulha de cabeça, e de coração, em uma história. Vamo combinar que é puro romance se permitir esse tempo, esse espaço, esse respiro. Romance consigo mesma. Nossa. Como eu adoro isso!


5. O ritual que envolve 

Pegar um livro, escolher o cantinho preferido do sofá, preparar um chá, ou um vinho, porque somos adultas e podemos; e se estiver frio ou chovendo, enrolar-se numa manta e simplesmente... ler. É um ritual, quase uma cerimônia de autocuidado e prazer. Na minha opinião, isso sim, é um ato genuíno de “se mimar”. Porque não se encerra na coisa em si, mas na infinidade de coisas, emoções, sensações, conhecimento e prazer que o livro nos proporciona.


Cinco razões pra lá de perfeitas, não? Mas eu gostaria de oferecer uma sexta, essa de minha própria “autonomia”, como diríamos numa mesa de buteco aqui nas Minas Gerais.

Quando o romance digital nos captura, nos envolve e deixa aquela marca impossível de apagar com o tempo, nós o desejamos fisicamente. Não basta ter acesso à história pelo Kindle, por qualquer outra plataforma de autopublicação ou até mesmo por aquele PDF pirata que todo mundo jura por Deus que nunca baixou. Há histórias que ficam bem no digital e simplesmente passam, abrindo caminho para o próximo “vem aí”. Mas há aquelas que são para sempre, inesquecíveis, e estas, sim, vão para a estante. Não apenas como uma história, mas como “coisa nossa”, e estas sim, passíveis de todos as cinco razões descritas acima.


O CONTRATO é uma dessas histórias. Tão apaixonante e marcante que ganhou vida no papel. E é por tudo isso, Amora querida, que eu quero te convidar para celebrar o lançamento desse romance inesquecível, no formato que ele merece: impresso, cheiroso, lindo e pronto para ser abraçado, em suas mais de 700 páginas!






Dia 08 de março de 2025, o amor de Kárita, Tobias e Juarez vai estar no papel, num volume só. Se há algo que desejo muito, muito, muito, é ver cada Amora que se apaixonou por este romance incrível, com o seu exemplar nas mãos, pronta para se emocionar, se apaixonar de novo e de novo, até suspirar no metrô. Porque, no final das contas, Amora, o amor no papel é como o amor na vida real: é para ser sentido, vivido e guardado com carinho. Prepare o coração e o cantinho do sofá. 💜


E antes que eu me esqueça: deixe sua avaliação, escreva seu comentário e me diga o que achou deste post. E se você gostou muitão, inclusive dessa capa maravilhosa, que eu amo de paixão, por favor, compartilhe com "azamiga" e ajude o mundo saber que tem CONTRATO impresso, sim!


 

Beijooooooo da Rosa e até a próxima prosa!




[1] Swipe é o gesto de deslizar o dedo pela tela para mudar de página, foto, ou até mesmo para navegar em apps de relacionamento (como o Tinder, onde o famoso "swipe à direita" significa que você curtiu alguém, e o "swipe à esquerda" significa que não está interessada).

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